O que alguns gostam e eu detesto ...

Eu , Felisberto, até  que concordo que o mundo está chato para se viver, muito politicamente correto.Tudo ofende, é discriminatório e preconceituoso. Estamos intolerantes!
 Pedimos "mais hahaha, menos mimimi " mas , eu, Felis,  além de  não gostar de "mimimi", queria até  "hahaha" mais, porém, eu, Junior,  me defronto com  algumas situações que me impedem   e , também, porque  nunca  irei cumprir um papel e rir, agir ou escrever de uma forma para agradar a quem não considera o  respeito como chave das relações!

 Nasci em Populina , cidade do interior do estado de  São Paulo,  unidade federativa do , país,  Brasil.  Portanto,  sou um brasileiro nato  e nikkei, por ser descendente de japoneses -  meu pai, um  japonês, pois nasceu no Japão e era   filho de pais japoneses e minha   mãe, uma  brasileira, pois   nasceu no Brasil , nikkei e nissei , por ser  filha de pais japoneses!
 Tenho  meu  nome  registrado em cartório e em todos os documentos oficiais,    um apelido, Felis, ou  mais carinhoso,  Ju, Fe, Beto, ou mais respeitoso, ou mais formal, ou  informal.

 Mesmo assim, ficava  pensando "daqui a pouco eu peço educadamente para não me chamarem de Japonês, Japa, Japinha, Japão, China  " e na correria do dia a dia não percebia a condição de certos seres limitados e ignorantes , que, com certeza,   não tem a mínima  possibilidade de ter pensado na hipótese  de que Japonês é apenas quem nasceu no Japão. E   Japa  uma abreviação, pois abreviatura não é,  e Japinha,  o pequeno Japa, diminutivo, filho?   E que Japão e China são dois belos países asiáticos. Motivo de orgulho para quem nasceu nos respectivos!

  Li que Japa foi   muito utilizado pelos americanos, na segunda guerra mundial, para hostilizar e humilhar seus oponentes japoneses , aqueles que nasceram no Japão . E  sei que alguns japoneses,  os que nasceram no Japão,  também não ficaram atrás , ao hostilizar e humilhar os  brasileiros e nikkeis,    que estão  no Japão, país asiático, tentando melhores condições de trabalho. 

O que não foi meu caso, mas tenho familiares e amigos lá! 
 Portanto,  o meu detestar, não é nem à  favor da América, nem tanto à Ásia.

Somente que sei muito bem que  ser descendente ,  não me torna Japonês, Japa, Japinha, Japão, China .

A brincadeira ou certa intimidade ou escondidos atrás do comodismo , da ignorância , do banal ou do "não sabia"    faz com que  chamemos os descendentes assim! 
 Até como ponto de referência ou  a absurda troca    do "psiu e o ei" por esses termos .

Os descendentes de japoneses chamam-se nikkei, sendo os filhos nissei, os netos sansei, os bisnetos yonsei .  E  na China,  a nominação é baseada numa hierarquia imensa e mesmo assim, eles  não usam termos pejorativos para  chamar alguém. 

Questão de educação e respeito!

São tipos de termos  que não se justificam e que  se alguns gostam, eu , Felisberto, Junior, Felis , detesto.   De pessoas assim , sempre mantive e quero  muita distância! 

Porque a vida, por vezes, é cruel. Primeiro você não respeita. Depois vai pra fila dos desrespeitados  e por fim entra na fila dos excluídos.
 A campanha institucional da Jeep  faz alusão à história de cada um e à importância do nome que cada pessoa carrega, um convite à reflexão:
 “Tenha orgulho do seu nome. Ele define você. É a sua identidade. Sua marca no mundo”.
Jeep - Nome
Duração:1m. 
Licença padrão do Youtube 

Ah sim, para quem não se interessou , pois o texto ficou muito longo e repetitivo/frisado e veio direto para o final. 
Então , aqui no fim, a síntese! 
... nasci em Populina , cidade do interior do estado de São Paulo, unidade federativa do país Brasil. Portanto sou um brasileiro nato e nikkei, por ser descendente de japoneses.
Somente que sei muito bem que ser descendente , não me torna Japonês, Japa, Japinha, Japão, China .
São tipos de termos que não se justificam e que se alguns gostam, eu detesto.

Ah sim, dois, Era tema de uma Blogagem Coletiva, mas como há muito não participo,não sei mais de quem foi a ideia, mas agradeço, ao usar esse tema como base. 


Obrigado,

Comentários

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  1. Olá,Bom dia, boa tarde, boa noite,
    Obrigado pela presença e comentário!
    Gostaria de reafirmar que esse Blog está com a Moderação Ativada e que, para essa postagem, a liberação dos comentários será um pouco mais demorada e portanto, a devida retribuição, idem!
    WeBeijos e Abraços!

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  2. Tb acho uma chatice este mundo de hoje, dominado pelo tal de politicamente correto ... mas é claro que, para tudo na vida tem o seu limite. Qdo vc goza de intimidade com alguém e sabe o q pode e o q não pode, o q é legal e o q não é, o q incomoda e o q não incomoda penso q alguns aforismas são permitidos e carinhosos ... mas daí a generalização total e permissiva torna-se grosseria descabida ... Parabéns pela postagem ...

    Beijão

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  3. Olá meu caro Felisberto, nunca participei de algo coletivo neste sentido, e talvez não o faça...isto vem desde o jardim de infância, no colégio trabalhos em grupo sempre fui o último a me encaixarem em algum, que por sua vez tinha sorte, pois fazia todo o trabalho só e colocava o nome dos outros numa boa...disse isso tudo, pois se tivesse de escrever sobre este tema, não teria dificuldade, pois sendo negro, falaria disso, de tudo que detesto neste país e no mundo que me afetam diretamente...gosto muito do que escreveste, um convite a uma profunda reflexão do que sou e represento para o próximo e o mundo. Mas acho que tudo passa por: "Questão de educação e respeito!"
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  4. Um grito mais que justo, Felisberto!
    Grande abraço.

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  5. Desculpa Felis (posso chamá-lo assim?) por eu começar com um "hahaha" porque é desse jeitinho, do jeitinho que tu escreveu no final e é impossível não dar risadas. Tem tanta gente que não lê o texto que não seja menos que uma lauda e já sai comentando só para bater ponto. E fala bosta, claro.
    Tu fez tipo o que o Tico Santa Cruz faz na fan page dele: Mobral do Tico Santa Cruz. Tu fez um mobral aí abaixo do teu post: será que a moda pega? rs.
    Adorei o post, porque gosto de postagens que nos acrescentam informação.
    Veja bem, eu não conhecia a expressão nikkei, para mim nissei eram todos os descendentes de japoneses. Olha que anta! Mas é isso que faz falta na vida da gente, as próprias pessoas divulgarem sobre elas mesmas, assim como tu fez aqui agora. E eu agradeço por tirar mais um ponto de tantos pontos de ignorância que eu com certeza ainda carrego comigo.
    Também não sabia da origem da expressão "japa", mas é estranho, pois devo ser muito intuitiva, porque nunca gostei e nunca chamei meus amigos que são descendentes de japoneses (só usei nissei para descrevê-los: MEA CULPA!) por essa expressão. Sempre me deu uma sensação de que isso era pejorativo e não estava errada. Bom saber.
    Eu não sou nada contra o politicamente correto.
    Acredito que ele seja extremamente necessário para auxiliar pessoas ignorantes e sem noção que estão ofendendo com piadas toscas, apelidos pejorativos e toda espécie de bullying que se possa imaginar e para muitos é tido como "natural" ou qualquer reclamação sobre como "mimimi".
    Adoro essa propaganda da Jeep e ela é uma grande verdade.
    O nome define a pessoa. Uma transexual acima de tudo, antes até mesmo da cirurgia, já tem consigo sua identidade, o nome social que a define. Imagina como é constrangedor para uma trans, toda feminina, no consultório médico ser chamada por seu nome de registro masculino? É muito triste! Todas as pessoas que antes não percebiam que ela era transexual, agora já não a veem mais como mulher, por mais que ela seja, porque o nome definiu tudo ali. Por isso a maioria prefere lutar pela mudança de nome antes da redesignação sexual (que muitos ignorantes chamam de "mudança de sexo").
    Um texto excelente meu querido, espero que as pessoas aprendam aos poucos a respeitarem umas às outras. Utopia? Mas se não a tivermos, não vale por que lutar, por que viver.
    Beijos.

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  6. Boa tarde, Felisberto,
    seu texto é muito esclarecedor.Muitas pessoas até erram, mas por pura ignorância.
    Portanto fez bem em registrar aqui seu descontentamento em relação a tanta falta de educação. Temos que nos unir para combater esta falha em todos os setores . E sempre por trás, bem veladamente há o preconceito.Grande texto. Beijos!

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  7. Oi Felisberto,
    Gostei muito do que escreveu, o texto esta excelente.
    Na verdade o mundo é cheio de preconceito, muito triste isso.
    O nome é uma coisa muito importante, precioso, é a nossa marca, é o que nos define, isso é fato, tem que ser respeitado.
    A campanha institucional da Jeep é uma grande reflexão, nós deixa a pensar.
    Adorei a postagem, e o vídeo excelente.
    Um beijo!
    Blog da Smareis- É só clicar aqui!

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  8. Olá, amigo Felis
    Apelidos pejorativos denigrem o ser humano e tem gente que o faz com a maior naturalidade...
    Apelido carinhoso é válido e aquece o coração...
    Concordo que o nosso nome é a nossa marca; particularmente, gosto demais do meu e me identifico muito com ele e o seu significado...
    Bjs fraternais

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  9. Sensacional! Aplaudo!! Não poderia ter escrito algo melhor. Felisberto, eu sempre o chamei de Junior, será que errei? Peço desculpas! Talvez você prefira Felisberto!
    Sabe, querido amigo, o Japão, país de seu pai e seus avós, é digno de respeito, de admiração pela sua cultura, educação e trabalho. Assisto a diversos documentários e tenho o maior respeito e admiração pelo Japão e outros países asiáticos. Mas ficando só no Japão, lá as leis são leis; a educação se faz presente; a arte, a cultura, a espiritualidade, o trabalho, a seriedade com que levam a vida. Aqui os brasileiros tem essa mania de apelidar, sim, de discriminar, porém é aquilo, amigo, quem não tem muito, tem de diminuir os outros. Gosto do Brasil, mas não tenho mais aquele orgulho de quando criança. O que a maioria do povo brasileiro sente é vergonha pela corrupção, pela nossa negligência e pelas leis que faltam aqui. Pelas coisas que não funcionam.
    Meu abraço, acho que valeu o que você deixa aqui escrito.
    bjus!

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  10. Olá amigo kirido,

    Achei oportuno você aproveitar o tema da Blogagem Coletiva para se posicionar a respeito. Parece-me que você está ou esteve aborrecido com alguém que usou de termos pejorativos para se referir a você ao invés de chamá-lo pelo nome. Acabei aprendendo um pouco acerca dos descendentes dos japoneses, pois não sabia que os netos eram chamados de sansei e os bisnetos yonsei . A campanha da Jeep é muito bonita. Respeito é sempre fundamental, assim como o é chamar uma pessoa pelo nome (ou apelido, quando há autorização ou intimidade para tal). Sem dúvida, é também uma questão de educação e delicadeza.

    Bjus.

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  11. Com todo respeito você é um Nikkei muito lindo! E suas palavras muito mais a inda.

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  12. Boa noite, Felisberto!
    Também concordo contigo, realmente não vejo delicadeza, fineza, tratar as pessoas por nomes assim, principalmente quando elas têm um nome e se este nome é bonito como o seu. Aliás, adorei saber que teu nome é Felisberto, pois ficava intrigada com o Felis com S, mas agora entendo o porquê.
    um grande abraço carioca e ótimo feriado pra você.


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  13. Verdade mesmo as pessoas tem a mania de chamar
    ou por apelido, tbém já passei por isso, como sou loira
    bem branquinha, nossa imagina :
    Branquela
    Cabelo de palha
    Mandioca descascada kkkkkkkkkkkkk, ficava brava masssss
    depois passava..

    Eu prefiro te chamar de Meu Poeta Lindo, assim fica bem melhor né
    Mas gostei do seu desabafo, cada um que carregue a paz no seu nome!

    Abraços de sempre

    └──●► *Rita!!

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  14. Concordo plenamente com o que defende. Em toda a parte, há essas "bocas" como se diz aqui. Por cá, diz-se os "chinocas". Por acaso, nunca fui de empregar esses termos. Nasci em França e eu era a "franciú", embora agora há muito tempo que não me dizem isso.
    Gostei do seu texto.
    Bom fim de semana

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  15. Felisberto gostei da reflexão, o nome define a pessoa Felisberto beijos.

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  16. LOS ÚLTIMAS LÍNEAS DE TU POST, SON MÁS QUE SUFICIENTES PARA EXISTIR.
    UN ABRAZO

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  17. Boa tarde amigo Felis!
    Nosso nome é especial, foi escolhido com muito carinho por nossos pais.
    Saber tratar as pessoas de forma educada é fundamental e não custa chamarmos as pessoas, amigos pelo nome , ou ao menos pelo apelido que o mesmo nos autorizar. Gosto de te escrever e me referir à ti, por Felis. Na adolescência uma amiga Nissei me ensinou a diferença e até hoje sei bem.
    Tatei, uma amiga até hoje! Mas esse é o sobrenome, ela não se importava e continua a não se importar. Na verdade ela se chama Cristiane.
    Um carinho, respeito e diálogo são sempre bem vindos para uma convivência feliz e sadia. Afinal somos todos filhos do mesmo Deus.
    E não ficou longo seu post. ..adoro ler o que escreves, pena ( mas estou feliz D+) que estou com pouco tempo para visitas, graças a Deus, voltei a lecionar. Mas os amigos virtuais moram sempre no meu ♡
    Tenha um ótimo feriado!
    Abraços da Bia! ♡

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  18. Olá,Bom dia, boa tarde, boa noite,
    Obrigado pela presença e comentário!
    Gostaria de reafirmar que esse Blog está com a Moderação Ativada e que, para essa postagem, a liberação dos comentários será um pouco mais demorada e portanto, a devida retribuição, idem!
    Bom feriado!
    WeBeijos e Abraços!

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  19. Perfeito, Felis! E vc está no seu pleno direito. Respeito é bom e todo mundo gosta. Custa respeitar o que vc sente? Ótima postagem. abçssss

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  20. Tema muito oportuno! Acho também que não custa se informar e pelo menos perguntar para a pessoa como ela quer ser chamada (pois há gente que não gosta do próprio nome).
    Sobre o mimimi: O que muitos chamam de mimimi, é a legítima defesa dos direitos de grupos que historicamente sempre foram oprimidos - como negros, homossexuais, transgêneros, pessoas com deficiência - e que agora, à luz do século 21, querem dar um basta neste ciclo e mostrar que são seres humanos, dignos, criados à imagem e semelhança de Deus e que tem direitos iguais. Simples assim. Mas para os que sempre foram privilegiados com a garantia de seus direitos, isto é mimimi.
    Há "mimimis" e "mimimis", e querer o direito de ser chamado pelo nome, e não por apelidos pejorativos, não é mimimi, é querer respeito.
    Será que vai ser difícil para certas pessoas entenderem isso, até quando?

    Gostei muito de sua postagem, e não sabia de todas estas denominações para descendentes de japoneses, conhecia apenas as expressões nissei e sansei. Olha que legal, aprendi mais coisas novas hoje, eheheh.
    Abraços, Felisberto, e tenha uma semana maravilhosa!

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  21. Muito bom o texto Felisberto ( quem não gosta de texto longos, que não leia ), foi um desabafo e eu concordo com você, e você está no seu direito!
    Abraços e bom feriado

    http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/

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  22. Bem Felisberto, tudo será uma questão de cultura de integração, de que o Brasil tem bons princípios. O teu País é exemplo de integração e absorção étnica. Problemas originados pela Segunda Grande Guerra, podem explicar muita coisa, que até nem fazia sentido, mas atualmente, como se explica haver?
    Abraços

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    1. Respondendo "Problemas originados pela Segunda Grande Guerra, podem explicar muita coisa, que até nem fazia sentido, mas atualmente, como se explica haver?"- determinado termo foi utilizado na segunda guerra e serviu, para meu texto, como um registro de uma "possível" origem para tal, mas isso, conforme acrescentei abaixo, não foi o motivo e nem será , para o meu detestar. Eu simplesmente acredito que há de se ter respeito em qualquer relação e se inicia quando tomamos o cuidado de Não chamar/tratar pessoas diferentes de forma igual. Se alguns gostam , eu detesto!
      Abraços

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  23. Texto cabal, honesto, direto, muito bem escrito, e repleto de sinceridade.
    Termos pejorativos aplicados a coisas ou pessoas, não combinam comigo, porque sou frontal, e quando tenho algo para dizer, quer agrade ou não, digo, mas com delicadeza, porque tudo se pode dizer, dependendo da forma e do conteúdo.

    Seu texto ensinou-me muitas coisas, que desconhecia. Obrigada!

    Bom carnaval, caso goste, e dias bem felizes.

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