Um pouco de quem sabe

Este mundo moderno em que vivemos e que cada vez mais se valoriza a realização pessoal, nos fez ver e  entender que se  pode viver só,  em torno do próprio umbigo.


 Na verdade, o individualismo não é o problema, o que preocupa é o excesso dele e à partir do momento que você vira um individualista extremo, você começa a não se importar mais com os outros e isso acaba com qualquer tentativa de convivência social.

Eu até tenho o bom senso de quem mora em condomínio  . 

 De  permitir  aquela festa de aniversário dos vizinhos até de manhã, uma até doze  vezes por ano. 
Afinal, também queremos essa licença de poder festejar.
Mas o que dizer de quem fala alto, fica conversando ao pé direito de um prédio  onde a ressonância é maior, liga liquidificador, aspirador de pó, música alta  sem democracia,  pois nem  perguntam que estilo  gostamos e arrastam móveis de madrugada?
    É uma tremenda falta de educação.
 Mas quem liga para ser educado, não é?  

Claro que ajuda muito, sairmos um pouco da confusão e    irmos para bem  longe ,  quem sabe, refletindo em tudo isso! 
Mas quando isso  não é possível, eu vou para a igreja.  Orar de joelhos para agradecer e fazer meus pedidos e sempre   de olho no padre , para que , quem sabe, ao colocar vinho no cálice, não  ouse desperdiçar muitas gotas.

    M
esmo com tantos motivos desfavoráveis acontecendo,  vim  agradecer porque tenho onde morar  e   nesse mesmo tempo  , aproveitar e fazer outro pedido.

Era de quem sabe eu ainda encontre o meu amor com o  qual eu possa caminhar ao lado,  alguém  que meus olhos brilhem ao vê-la e meu coração se alegre . 

Enfim,  

eu e ela, morando no barulhento condomínio! 
Quem sabe,  com uma bela companhia     sussurrando  em meu ouvido, ruído  paralelo e irritante  não irá se transformar em  uma linda  sinfonia , não? 


Obrigado,
ℱelisberto Junior

Comentários

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  1. Duas partes distintas no mesmo texto.
    O Egoismo resultante das nossas conquistas sociais e marteriais .
    Perdeu-se o bom habito de cumprimentar as pessoas conhecidas, o habito de dizer obrigado...o hábito de dizer desculpem. O nosso egoísmo tornou-nos insensíveis à dores ou alegrias dos outros.
    Todos precisamos de reflectir e mudar para parâmetros de boas convivência.

    O amor virá quando formos simples e estivermos amando.

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  2. Essa sinfonia chegará sim, Felis!
    O grande mal da individualidade é quando ela nos deixa insensíveis, alheios. O exemplo do condomínio é um dos melhores para ilustrar essa situação, para o mal, azucrinando ou sussurrando com o novo amor!

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  3. Meu poeta lindo, morar junto de quem ama
    acho que pode vir uma tsunami que nem ouvimos
    mas é a realidade será que alguém se importa com alguém/
    Não podemos generalizar mas tem muitos por ai
    Capitei sua mensagem meu mestre

    Bjuss de boa tarde calorenta por aqui

    Rita!!

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  4. Felis,eu moro em condomínio e sei bem o que é uma festa até altas horas.
    Aqui já reclamamos com o síndico,há multa para quem ultrapasse os limites,mas mesmo assim ainda existem pessoas que não respeitam e incomodam àqueles que desejam um pouco de sossego,principalmente de madrugada.
    Infelizmente é dessa forma que agem.
    bjs amigo
    Carmen Lúcia.

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  5. Creio que o mais importante é não criarmos para os outros, situações que não gostarimos que nos fizessem. Olhar sempre com olhar fraternal é muito bom.

    Um dia, certamente, aparecerá a pessoa ideal que lhe fará feliz compartilhando a sua companhia.
    Um abraço, Élys.

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  6. Algumas situações: - direito à moradia, direito ao silêncio, direito à celebrações e, principalmente, o direito de amar! Quem ama e respeita o limite do outro, a individualidade, poderá morar em um deserto, que saberá estar bem, saberá respeitar. A palavrinha que cabe aqui é "educação". Se não gosto de ser incomodado, que eu saiba não incomodar! Condomínio = Comunidade!
    Abraço.

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  7. Infelizmente é assim mesmo, tanto na nossa vizinhança, no trabalho, na rua, mas, o que me faz ter esperanças é quando encontramos uma alma boa que se importa com o bem dos outros, que seja capaz de sentir empatia.
    Bj

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  8. ... sei como é essa questão que citou de morar em condomínio, as vezes é meio complicado sabe... Mas a gente vai levando!
    Acredito que em tudo tem que haver moderação, acredito que todo ser humano tem seus ''individualismos''
    Legal seu texto!

    Obrigada pela visita Felis, nem precisava agradecer hahaha, sempre gostei do que escreve, sabe disso.

    beijo!

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  9. FELISBERTO:Belíssimo o seu poster.Hoje, muitas das pessoas não se importam mais com os outros.Se houvesse o amor maior ao próximo, com certeza, o mundo seria bem melhor.Amigo, passando para desejar-lhe uma semana abençoada.Acabei de chegar de viagem e só agora estou visitando os amigos. Bjs. e até mais.

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  10. Amigo, acho q a idade me deixou muito chato e rabugento. Odeio barulhos, som alto. gente gritando ou falando alto, criança berrando ... enfim ... coias boa vc poder estar a sós ou a dois e curtiu o silêncio de um olhar, o carinho de um gesto, a gentileza de um afago ...

    ai ai ...

    Beijão

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  11. Eu sempre atrasado, mas feliz por poder estar aqui...passei por algumas fases, morei numa capital em edificio com muita gente (pessoas que até hoje sem sei quem são), e hoje no interior moro num pequeno condomínio, ou seja, preciso conviver com pessoas (contra minha vontade rs), e entendo isso muito bem, respeito ao próximo é básico para se conviver...mas o que mais gostei deste post foi tua ida a igreja orar, ter com Deus, isto pra mim também é real...quanto a solidão, não sei se me acostumei a ela ou ela faz parte da minha personalidade - boa parte dela. sempre bom ler aqui.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  12. rsrsrs... Dessa postagem eu tive que rir, principalmente da ideia de observar se há
    desperdício das gotas de vinho pelo padre. Só você mesmo para se referir a tal coisa-rs. Meu irmão padece em razão desse tipo de atitudes em seu condomínio. Diz ele que o morador de cima não dorme e arrasta móveis a noite inteira. É mole? O desconfiômetro de certas pessoas parece estar desligado. Pois é, ainda é meritório agradecer, apesar dos pesares, por se ter um teto onde se abrigar, ainda que rodeado de pessoas excessivamente individualistas. Por fim, sem dúvida, uma bela e amorosa companhia ajuda, em muito, a conviver com tais desconfortos, ainda que os ruídos não cheguem a se transformar numa agradável sinfonia.

    Beijo.

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  13. Excelente texto, Felis! E temos que nos preocupar em não transformar individualidade em egoísmo. Há uma linha tênue que os separa. Excelente postagem. Bom fim de semana!

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