Para sempre, Carlos Drummond de Andrade

Por que Deus permite que as mães vão-se embora? 
Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento. 
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia? 
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: 
Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho 
e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.

°
Drummond na voz de Drummond
 Licença padrão do YouTube 0.57s
Carlos Drummond de Andrade 
Poeta, contista e cronista brasileiro.
Nascimento: 31 de outubro de 1902, Itabira, Minas Gerais
Falecimento: 17 de agosto de 1987, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

°
Obrigado,

Comentários

Descer Página
  1. Aqui, o Dia da Mãe foi no domingo passado.
    Que belo poema!
    Bom domingo, Felis.

    ResponderExcluir
  2. Bom dia meu amigo Felisberto.
    Que poema lindo, amei a oportunidade de ler. Um lindo domingo, feliz dia das mães para todas as mamães da sua família. Grande abraço

    ResponderExcluir
  3. Eu q perdi a minha há 5 anos sei bem o que é este sentimento. Vivas à Drummond e sua sensibilidade.

    Beijão

    ResponderExcluir
  4. Maravilha de partilha, amigo!
    Por aqui, o Dia das Mães foi esquisito por demais, pois foi inevitável que lembranças transbordassem. Reunimos em família para tornar o dia mais leve, mas o assunto girou em torno da nossa mãe.

    Ótimo dia e feliz semana!

    (Voltarei depois para ler mais um bocadinho. Estou com algo nas vistas, há uns três dias. Parece o tal do terçol. Só sei que fica difícil fixar a tela do computador ou celular).

    Beijo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Subir Página