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Dói devagar

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  [...] o mundo é grande.  E os tons de cinza, tomando conta de tudo. E eu continuo parado, intimidado com uma tosse ali, os muitos gritos dados a cada canto que não dorme e o som que vem em forma de ambulância. O que sou? O que fui? Não sinto, não penso, não sou. Nada além do nada. Mas com ou sem. Não me movimento no escuro. Eu fico por aqui. Por que ir embora? Com o tempo. A dor da vida dói devagar. E não é a primeira vez que o sol perdera seu brilho.

É aqui

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[  ... ] é aqui que eu me encontro, me reinvento, me descubro e passo horas observando as estrelas no céu e se o amanhã ainda não chegou, podes confiar em mim, que te trarei um pedacinho da lua, caso precises...

O caminho

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Há muito tempo. Eu sei. Conduzo-me ao dever impávido de fazer um novo caminho, sendo que o antigo aqui permanece e eu com uma árdua maneira de o dissimular. Sigo um passo, olho para os pés e fico feliz ao vê-los caminhar na busca do equilíbrio no momento da exteriorização dos meus sentimentos que já nascem inflamados, desejosos de um caloroso abraço, lancinantes em suas intenções. Mas sem forças para lutar contra os ventos que gelam minha alma, deixo-me embalar pela triste realidade, de mais um dia a ser esquecido. Espero e desespero. E agora é esperar que as estrelas que acompanham-me em toda noite, tornando-as menos escuras, brilhem no firmamento e repitam, vezes sem conta, que estão sempre comigo, mesmo quando as nuvens as escondem. Mostrem-me o quanto é bom tirar os pés do chão. E poder voar livre, feito um pássaro no ar. Mostrando um caminho sem principio e sem fim. O caminho da felicidade.