O relógio despertava no mesmo horário... ... e na manhã ainda sonolenta, derramava um pequeno gole de café na boca e tomava o caminho comum de todos os dias , de casa ao trabalho, do trabalho para o almoço no restaurante, do restaurante do almoço para o trabalho, do trabalho para casa novamente. E sempre foi do mesmo jeito , ou novos caminhos se apresentavam e eu optava em não fazer a travessia de marionete da rotina para a conquista de uma vida nova e afirmativa. Porém, a minha vida deu uma guinada realmente quando tive que dividir uma vaga de estacionamento. Fui mais rápido e acabei ficando com a única vaga, mas, não consegui ignorar os impropérios. Percorri corpo, nariz, boca, pele, olhos e fui logo enxergando quem estava me ofendendo. A linda motorista aparentemente não percebeu que já havia uma nova vaga para estacionar e que aprendi a ouvir desaforo e fingir que não era comigo, tanto que virei as costas e continuei a andar em direção ao trabalho. A caminha