Fanfic Faces - Capítulo 10



Título: Faces
Autora: Kamila Bicalho
Baseado: em InuYasha (anime)
Capítulo 10

(Re)-Pulsar
– Eu esperei tanto tempo por esse dia. Obrigada por ter me buscado, senhor.
Ele havia desviado o olhar se recostando na árvore outra vez. Ela havia feito o mesmo e os dois olhavam as estrelas que estavam no céu. Ele pousou sua face sobre a mão para pensar um pouco. Ela havia colocando uma das mãos sobre o peito para conter aquela intensidade de sentimentos. Os dois foram pousar a mão no chão e elas se encontraram. Um choque intenso passou por eles e seus peitos involuntariamente passaram a pulsar intensamente. De imediato se repeliram, mas Rin tomou a mão dele. Ele afastou-a.
– Por quê? – perguntaram simultaneamente.
Ele perguntara querendo saber o motivo daquele gesto. Ele não sabia que sensação era aquela. Algo inquietava o seu ser por completo. Por que tocá-la daquele jeito o fez sentir aquilo? Era algo novo, e imensamente bom. Podia ceder? Não. Não podia ser fraco daquele jeito. Não era um humano. E ela não era yokai. Apesar de tudo, não podia trazer ela para seu mundo. Era boa a sensação de tê-la ao seu lado, mas não sabia ao certo o quão forte era aquilo. Olhava para sua mão e lembrava-se do rápido toque macio de suas mãos. Olhando-a, percebeu os sentimentos da menina nítidos em seu olhar. A dúvida que provavelmente também passava por ela, juntamente com o forte sentimento que acabou envolvendo-os aquela noite. Não sabia definir, jamais saberia. Até onde tudo aquilo poderia chegar?
Ela perguntara querendo saber por que havia retirado sua mão. Ela se sentiu culpada pela ousadia. Mas não havia feito por simples querer, algo a impulsionara. Era algo tão intenso que pulsava que não se conteve. Era realmente muito forte. Todo sentimento parecia cada vez mais intenso, porém, ainda não sabia ao certo o que poderia ser. Ela sabia como ele era e, mesmo sem conhecer, entendia seus motivos. Talvez sempre houvesse a barreira de suas diferenças. Só de tê-lo a seu lado bastava. Viu-o olhando suas mãos enquanto ela se lembrava do toque gélido e áspero de suas mãos, o que deveria ser frutos de inúmeras batalhas. Seu rosto havia mudado naquele instante, não tinha mais a seriedade de sempre. Leves feições mostravam que ele também estava confuso, talvez fruto dos sentimentos intensos vividos aquela noite. Ele a olhava nos olhos. Ela respondia o olhar. Até onde tudo aquilo poderia chegar?
– O que é isso, afinal? – perguntou voltando a postura normal.
– Desculpe senhor... Eu não sei. – desviou o olhar voltando a recostar-se na árvore.
– Entendo.
Quase imperceptivelmente, ele havia se levantado. E com a mesma sutileza que havia chegado, num salto, sumiu pela noite...


(Continua na Próxima sexta feira)
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Imagem:Google
" O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
 O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
 O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar." 
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