Postagens

O caminho

Imagem
Há muito tempo. Eu sei. Conduzo-me ao dever impávido de fazer um novo caminho, sendo que o antigo aqui permanece e eu com uma árdua maneira de o dissimular. Sigo um passo, olho para os pés e fico feliz ao vê-los caminhar na busca do equilíbrio no momento da exteriorização dos meus sentimentos que já nascem inflamados, desejosos de um caloroso abraço, lancinantes em suas intenções. Mas sem forças para lutar contra os ventos que gelam minha alma, deixo-me embalar pela triste realidade, de mais um dia a ser esquecido. Espero e desespero. E agora é esperar que as estrelas que acompanham-me em toda noite, tornando-as menos escuras, brilhem no firmamento e repitam, vezes sem conta, que estão sempre comigo, mesmo quando as nuvens as escondem. Mostrem-me o quanto é bom tirar os pés do chão. E poder voar livre, feito um pássaro no ar. Mostrando um caminho sem principio e sem fim. O caminho da felicidade.

Sem você

Imagem
  Sem você o escritor sem caminho.  A poesia sem título. A imagem sem sorriso.  O poema sem fundamento. A rima perdida. A letra solta. A folha branca. Sem você o texto sem explicações. A verdade maculando os fatos.  A mentira manipulando os afetos. Sem você a postagem inacabada . Nenhum início, meio ou fim. Sem você o imperfeito.  O lapso. O espaço. O perdido.  O vazio. O silêncio. O medo. O drama.  Sem você o presente nada é.  A todo instante ele se torna passado e a todo instante ele será o futuro.   Tudo é nada.  Sem você. 

Meu desatino

Imagem
  [...] nisto que não se consegue ir além de frágeis suposições, tenho comigo que por mais que eu escreva, e escreva, e escreva, e passe  o restante da minha vida escrevendo,  nem todas as minhas palavras vão fazer sentido. Porque  o sentido não está no texto e eu não sou as minhas palavras. Eu sou o amor que sinto. O amor que sinto desde quando a vi pela primeira vez.  E apenas para que não se perca a interação sensível estabelecida, estão  ouvindo o som dos ventos que traz  alguns dos segredos dos grãos de areia aos meus pés? Lento primeiro e depois ligeiro? Ora, ora,  sorte de quem deu asas a  imaginação e criou um lindo castelo de areia na beira do mar. Por ora, esse  revisitar  ao som de doces lembranças, me rendeu bons versos: no  olhar vi meu destino e no  biquíni amarelo meu desatino.