Há muito tempo. Eu sei. Conduzo-me ao dever impávido de fazer um novo caminho, sendo que o antigo aqui permanece e eu com uma árdua maneira de o dissimular. Sigo um passo, olho para os pés e fico feliz ao vê-los caminhar na busca do equilíbrio no momento da exteriorização dos meus sentimentos que já nascem inflamados, desejosos de um caloroso abraço, lancinantes em suas intenções. Mas sem forças para lutar contra os ventos que gelam minha alma, deixo-me embalar pela triste realidade, de mais um dia a ser esquecido. Espero e desespero. E agora é esperar que as estrelas que acompanham-me em toda noite, tornando-as menos escuras, brilhem no firmamento e repitam, vezes sem conta, que estão sempre comigo, mesmo quando as nuvens as escondem. Mostrem-me o quanto é bom tirar os pés do chão. E poder voar livre, feito um pássaro no ar. Mostrando um caminho sem principio e sem fim. O caminho da felicidade.