Meu desatino
[...] nisto que não se consegue ir além de frágeis suposições, tenho comigo que por mais que eu escreva, e escreva, e escreva, e passe o restante da minha vida escrevendo, nem todas as minhas palavras vão fazer sentido. Porque o sentido não está no texto e eu não sou as minhas palavras. Eu sou o amor que sinto. O amor que sinto desde quando a vi pela primeira vez. E apenas para que não se perca a interação sensível estabelecida, estão ouvindo o som dos ventos que traz alguns dos segredos dos grãos de areia aos meus pés? Lento primeiro e depois ligeiro? Ora, ora, sorte de quem deu asas a imaginação e criou um lindo castelo de areia na beira do mar. Por ora, esse revisitar ao som de doces lembranças, me rendeu bons versos: no olhar vi meu destino e no biquíni amarelo meu desatino.