Sem dó e assim

O homem que ama a traição.
Se arruma em cores de sedução
Para a dúbia relação.

Profana ou santa, tanto faz.

Sem dó e assim... 


Alardeia esse amor aos amigos
Sem querer importar.
Nem tenta disfarçar
O amor à outra.

E que sublimes perversões
Nesse encontro voraz.

De manhã volta
Nem cínico nem triste.
Nada mais sedutor
Beija e mente
Nem mais o pegam ao acaso
Como se passasse da matriz
À filial e à matriz retornasse.

Mas por que trair
Se só vive a sentir
Amor pela real mulher.

Fica somente
Depois a chorar
Pois não tem
O amor da sua mulher
Para consolar.

Que sem piedade
O deixou na saudade.

Sem dó e assim...

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