O Natal chegou
Imagem:Google
O mais difícil em começar uma nova vida, é esquecer-se das dores da anterior.
Dia 24 de Dezembro
Eu estava arrumando a árvore de Natal, e aguardando a Amanda me chamar para ajudá -la nos preparativos da mesa.Não tinha palavras para descrever minha felicidade. Amanda estava grávida.Depois de muitas tentativas, ela estava grávida.
Estava chegando perto da meia noite.
E nada de sentir o cheiro delicioso do peru e das rabanadas.
Como estava demorando muito, fui até a cozinha e encontrei Amanda desacordada , corri e tentei reanimá-la, mas não reagia, peguei-á no colo e fui para o hospital o mais rápido que eu consegui....
Lembro de toda as minhas fragmentações de sofrimento, que carregavam consigo o desespero e o medo.
O olhar impassível do médico , habituado a dizer o pior.
_Nasceu sua filha, afirmou satisfeito o médico. Há apenas um ...
_O quê? - perguntei com um péssimo pressentimento.Eu já chorava, não podia ser verdade.
_ Queria apenas dizer que sua esposa não resistiu.Sinto muito.
Bianca, tinha acabado de nascer.
Em pleno Natal.
Fiz de tudo para registrar ,dia 26 ,como data de seu nascimento.
Foi um longo caminho de volta para casa... Um longo e lento caminho de volta.
Foi uma etapa muito difícil. Sofri muito. Minha filha sofreu muito.
A situação financeira estava complicada.
Além de trabalhar o dia inteiro, tinha de estudar à noite.
Isso tudo me deixava cansado demais, e quase não conseguia ter tempo para ela, mas , fui enfrentando todos esses problemas.
Outro dia, estávamos aqui, eu e a Bianca, enxergando um à outra de uma distância que pode ser medida com os dedos de uma mão. E eu senti tudo aqui, quieto.
Fechava os olhos sempre que sentia os meus pensamentos tentando lembrar do Natal com Amanda.
Tive medo de ver a Bianca, olhando confusa para aquilo tudo, como se não fosse capaz de ouvir os meus olhos gritando de saudades de minha esposa.
Ela parecia não querer saber dos meus motivos de não querer fazer nenhuma festa de Natal aqui em casa. Nunca fiz nenhuma para ela.
Talvez ela nem sabia que tinha um pai que gostava de festejar o Natal.
Ela nunca quis saber de uma porção de coisas.
E Bianca não tinha motivos para acreditar em Papai Noel.
Nunca ganhou presentes no Natal.
Eu, realmente, não conseguia mais passar um Natal sem minha esposa.
Me fechei por vontade própria,quando Amanda faleceu.
E se dependesse de mim o Papai Noel nunca iria mais aparecer em casa.
E assim foram passando os dias.
Noite do dia 24 de dezembro.
Cheguei tarde em casa, mas dava tempo de contar uma historia para a Bianca dormir. E ela já nem gostava muito daquelas velhas historias que eu contava.Mas ela sabia que era o momento que tinha para estar comigo. Estávamos juntos.
Num de meus cochilos, entre uma leitura e outra, a pergunta inocente.
_ A tia falou outro dia que Papai Noel não existe! É verdade, pai?
Breve silêncio. Suspirei.
_ Sabe, filha… É?… Você já olhou lá na sala, debaixo da árvore?
_ Que árvore?
_A nossa árvore de natal.
A Bianca foi correndo, eufórica. Quando abriu o embrulho, soltou um grito tão grande. E minha filha veio correndo, me abraçando, – e disse:
_Você é o melhor pai do mundo. Meu Papai Noel.Feliz Natal.
Tinha um sentimento:o sofrimento.Procurei a origem.Falta de confiança e fé,solidão, saudades, raiva da morte,...rejeitei a comiseração,que aumentava a dor e roubou me o poder de ver o brilho da vida.Olhei objetivamente e honestamente para aquele sentimento e defini: Viver a vida....sofrer para que? Tenho a Bianca.A Bianca é tudo na minha vida. Não consigo me imaginar vivendo sem ela.
Minha razão de viver. O meu Natal.
É tempo de alegria, paz e amor
De ver a beleza da vida
...É o Natal que chegou...
Dia 24 de Dezembro
Eu estava arrumando a árvore de Natal, e aguardando a Amanda me chamar para ajudá -la nos preparativos da mesa.Não tinha palavras para descrever minha felicidade. Amanda estava grávida.Depois de muitas tentativas, ela estava grávida.
Estava chegando perto da meia noite.
E nada de sentir o cheiro delicioso do peru e das rabanadas.
Como estava demorando muito, fui até a cozinha e encontrei Amanda desacordada , corri e tentei reanimá-la, mas não reagia, peguei-á no colo e fui para o hospital o mais rápido que eu consegui....
Lembro de toda as minhas fragmentações de sofrimento, que carregavam consigo o desespero e o medo.
O olhar impassível do médico , habituado a dizer o pior.
_Nasceu sua filha, afirmou satisfeito o médico. Há apenas um ...
_O quê? - perguntei com um péssimo pressentimento.Eu já chorava, não podia ser verdade.
_ Queria apenas dizer que sua esposa não resistiu.Sinto muito.
Bianca, tinha acabado de nascer.
Em pleno Natal.
Fiz de tudo para registrar ,dia 26 ,como data de seu nascimento.
Foi um longo caminho de volta para casa... Um longo e lento caminho de volta.
Foi uma etapa muito difícil. Sofri muito. Minha filha sofreu muito.
A situação financeira estava complicada.
Além de trabalhar o dia inteiro, tinha de estudar à noite.
Isso tudo me deixava cansado demais, e quase não conseguia ter tempo para ela, mas , fui enfrentando todos esses problemas.
Outro dia, estávamos aqui, eu e a Bianca, enxergando um à outra de uma distância que pode ser medida com os dedos de uma mão. E eu senti tudo aqui, quieto.
Fechava os olhos sempre que sentia os meus pensamentos tentando lembrar do Natal com Amanda.
Tive medo de ver a Bianca, olhando confusa para aquilo tudo, como se não fosse capaz de ouvir os meus olhos gritando de saudades de minha esposa.
Ela parecia não querer saber dos meus motivos de não querer fazer nenhuma festa de Natal aqui em casa. Nunca fiz nenhuma para ela.
Talvez ela nem sabia que tinha um pai que gostava de festejar o Natal.
Ela nunca quis saber de uma porção de coisas.
E Bianca não tinha motivos para acreditar em Papai Noel.
Nunca ganhou presentes no Natal.
Eu, realmente, não conseguia mais passar um Natal sem minha esposa.
Me fechei por vontade própria,quando Amanda faleceu.
E se dependesse de mim o Papai Noel nunca iria mais aparecer em casa.
E assim foram passando os dias.
Noite do dia 24 de dezembro.
Cheguei tarde em casa, mas dava tempo de contar uma historia para a Bianca dormir. E ela já nem gostava muito daquelas velhas historias que eu contava.Mas ela sabia que era o momento que tinha para estar comigo. Estávamos juntos.
Num de meus cochilos, entre uma leitura e outra, a pergunta inocente.
_ A tia falou outro dia que Papai Noel não existe! É verdade, pai?
Breve silêncio. Suspirei.
_ Sabe, filha… É?… Você já olhou lá na sala, debaixo da árvore?
_ Que árvore?
_A nossa árvore de natal.
A Bianca foi correndo, eufórica. Quando abriu o embrulho, soltou um grito tão grande. E minha filha veio correndo, me abraçando, – e disse:
_Você é o melhor pai do mundo. Meu Papai Noel.Feliz Natal.
Tinha um sentimento:o sofrimento.Procurei a origem.Falta de confiança e fé,solidão, saudades, raiva da morte,...rejeitei a comiseração,que aumentava a dor e roubou me o poder de ver o brilho da vida.Olhei objetivamente e honestamente para aquele sentimento e defini: Viver a vida....sofrer para que? Tenho a Bianca.A Bianca é tudo na minha vida. Não consigo me imaginar vivendo sem ela.
Minha razão de viver. O meu Natal.
É tempo de alegria, paz e amor
De ver a beleza da vida
...É o Natal que chegou...