A mesma sensação de sempre

 
Quando se faz o silêncio, começo a ouvir a noite suspirando, a chuva gemendo com o vento
e não sei o que fazer com isto.

Há alturas até em que o desespero teima em mim,  se agarra ao sangue e corre por dentro das veias  e depois perco-o porque ele solta-se de mim,  deixa-me tão só com um torpor permanente que vai aos poucos transformando-se em tédio.

É a mesma sensação de sempre...  
A vida que não surpreende,   o tempo que não passa, o silêncio que grita alto e sufocante.

Tudo o que há agora é este barulho da chuva  e os sentimentos pulsando... 
No todo, o tudo do nada.
Paro por aí e aqui...

Talvez seja isto que falte.
 De  colo, de abraço e de beijo.
E uma taça de  vinho,por favor...

..."e se não for pedir demais,  qualquer coisa que me fizesse morar em alguma parte tua..."

  Mix De Prosa Poética