Contidamente, aguardarei!

 
(...)  não sei como fomos nos perder no tempo. 
Não sei! 
Não sei o que fazer para o céu mudar de cor.
Não sei o que fazer   para te encontrar no silêncio da noite, nas melodias do amor. 
Não sei o que fazer para que   ouça a singela sinfonia  que o vento carrega, e perceba que é  o meu amor revelado em vários tons. 
 Os meus sonhos, que ficaram esquecidos pelo tempo...

...e como não tenho nem ideia de como fazer para voltar no tempo, atravessei a rua ao som da vida que passava em velocidade, tirei os chinelos e deixei minhas pegadas na areia branca e quente. 
Na minha frente, a imensidão do mar.
Meu olhar tentando chegar até o horizonte onde o mar encontra-se com o céu. 
Tudo ali!
 Os encontros e desencontros, mas sobretudo a intersecção.
E confessei-me ao mar, ao som das ondas a tocar dentro de meu coração.
-Se não fosse amor,desistiria! 

Contidamente, aguardarei! 
E sei lá, é o tempo todo, o tempo inteiro. 
Quem sabe.De partir ficando ali.
Quem sabe.Vou te esperar aqui. 
Quem sabe.Um dia...

...para ficar ao meu lado, cúmplice, dividindo a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta minha vontade intensa de viver e... te amar! 

Notas de Rodapé
       Repaginada
      
     ℱelisberto Junior