Não dessa vez...
(...) não vou atender meus desejos e olhar para alguém que vai tirar meu chão.
Eu não vou!
Não dessa vez...
Eu só preciso controlar esse ímpeto de querer olhar.
Segurar meu chão e fingir que teu olhar não me incendeia.
Perturba-me, provoca o meu íntimo.
Ficarei dentro de mim, esperando, sim, que as estrelas, que acompanham-me em toda noite, tornando-as menos escuras, brilhem no firmamento e repitam, vezes sem conta, mesmo se as nuvens as escondem, quando será bom tirar os pés do chão.
E poder abrir as asas e voar para ser feliz, por trás do sol que corta o horizonte, feito um pássaro no ar, para se encontrar, olhar pra trás e ter vontade de voltar...