A realidade, uma ficção Parte 2
O aeroporto sempre fica muito lotado nessa época do ano, mas consegui embarcar no avião. E como o único lugar que consegui foi na fileira do meio, tive muitas dificuldades para sentar.
Na janela, um rapaz com seu corpanzil transbordando os limites da poltrona e no corredor, o que falou sorridente:
– Sinto muito, mas você foi escolhido para sofrer esse aperto junto comigo, na próxima hora.
Durante a viagem, 1 hora e 15 minutos de puro sufoco, ouvi a voz da aeromoça.
-Senhor! O que o senhor deseja?
Mesmo com os óculos embaçados pelo suor , consegui enxergar a aeromoça, linda, loira, olhos verdes, que me perguntava:
- O senhor deseja? Água ou café?
- Eu desejo café!
-Sinto muito , só temos água!
Após o desembarque, uma longa espera das bagagens.
E nada da minha mala aparecer na esteira rolante.
-Não é possível que uma companhia de aviação, desse porte , consiga extraviar minha mala - disse para a atendente.
-Sinto muito senhor! Sua mala foi parar em Paris! Daqui a dois dias, o senhor poderá vir retirá-la -disse a atendente.
Ah não,fiquei muito irritado, mas logo me conformei, porque pelo menos minha mala está fazendo sua viagem dos sonhos.
(continua ...)
Marcador: Contos em Prosa
Obrigado,
ℱelisberto N. Junior