A velha saudade
(...) às sete da noite, tirei os sapatos, as meias, arranquei a gravata , fiquei só de bermuda , alonguei-me e sentei no sofá.
Um segundo depois, pensei no dia, no passado, no presente, no futuro.
Pensei na barba que deixei crescer e que estou pensando ainda se vou tirar tudo ou deixar um pouco maior.
Pensei nas roupas esperando para serem lavadas e nos varais que ainda não estavam instalados.
Vinte minutos depois, me deu aquela vontade de comer chocolate sentado na frente da televisão, assistir aquele meu desenho preferido, olhar para fora da janela e bater um papo com a vizinha , em pegar a bicicleta e parar lá na cidade próxima , ou quem sabe, subir em árvores e simplesmente descansar em uma rede amarrada nelas.
Vinte dias atrás, mais ou menos, quase tudo isso, exagerei no chocolate, me entupi de cookies , pipocas e filmes ruins, derramei refrigerante no sofá branco, discuti com o desconfiado e ciumento marido da vizinha e ainda perdi o controle da bicicleta e bati em uma árvore.
Pouco antes da nove da noite, esperei o futebol na televisão por quase uma hora e com saudades do ‘on demand’ que esqueci de pagar , pensei em dormir tarde e acordar bem mais tarde.
Quase onze da noite, fui para a cozinha, limpei , porque estava com um cheiro insuportável de feijão queimado e passei um café fraco.
Mais ou menos uma da madrugada, verifiquei se tinha algum defeito no telefone, que estava mudo, um mês, mais ou menos...
Um mês, mais ou menos, tudo isso, o tempo passando e tantas coisas acontecendo.
E assim, às sete da manhã, me pego pensando e fazendo coisas da mesma maneira , quando você estava por aqui.
Confesso que lembrei-me com saudades de você chegando, sete e vinte da noite, mais ou menos, reclamando da bagunça , da sujeira e da barba por fazer.
Questionando minha felicidade , minha independência e imperfeição.
Me julgando maluco, imaturo e infantil, se esquecendo que, por mais razão que supostamente se tinha, ao me julgar estava definindo a si mesma e ademais, com um ingrediente à mais, o ciúme possessivo e excessivo!
Foram tantas brigas e discussões, que era melhor que cada um ficasse em uma jaula, perto da outra, de forma que possamos nos ver, sem reação, e assim por uns dias.
Mesmo assim, parecia não existir diferenças e que o amor dava sentido ao inexplicável.
Enfim, não era para sentir tanta saudade.
E essa velha saudade piorou, quando tropeço nas perfeições e resmungos que você deixou.
Apesar que a saudade não se preocupa muito comigo.
Ela vem, se vai...
☐
Um segundo depois, pensei no dia, no passado, no presente, no futuro.
Pensei na barba que deixei crescer e que estou pensando ainda se vou tirar tudo ou deixar um pouco maior.
Pensei nas roupas esperando para serem lavadas e nos varais que ainda não estavam instalados.
Vinte minutos depois, me deu aquela vontade de comer chocolate sentado na frente da televisão, assistir aquele meu desenho preferido, olhar para fora da janela e bater um papo com a vizinha , em pegar a bicicleta e parar lá na cidade próxima , ou quem sabe, subir em árvores e simplesmente descansar em uma rede amarrada nelas.
Vinte dias atrás, mais ou menos, quase tudo isso, exagerei no chocolate, me entupi de cookies , pipocas e filmes ruins, derramei refrigerante no sofá branco, discuti com o desconfiado e ciumento marido da vizinha e ainda perdi o controle da bicicleta e bati em uma árvore.
Pouco antes da nove da noite, esperei o futebol na televisão por quase uma hora e com saudades do ‘on demand’ que esqueci de pagar , pensei em dormir tarde e acordar bem mais tarde.
Quase onze da noite, fui para a cozinha, limpei , porque estava com um cheiro insuportável de feijão queimado e passei um café fraco.
Mais ou menos uma da madrugada, verifiquei se tinha algum defeito no telefone, que estava mudo, um mês, mais ou menos...
Um mês, mais ou menos, tudo isso, o tempo passando e tantas coisas acontecendo.
E assim, às sete da manhã, me pego pensando e fazendo coisas da mesma maneira , quando você estava por aqui.
Confesso que lembrei-me com saudades de você chegando, sete e vinte da noite, mais ou menos, reclamando da bagunça , da sujeira e da barba por fazer.
Questionando minha felicidade , minha independência e imperfeição.
Me julgando maluco, imaturo e infantil, se esquecendo que, por mais razão que supostamente se tinha, ao me julgar estava definindo a si mesma e ademais, com um ingrediente à mais, o ciúme possessivo e excessivo!
Foram tantas brigas e discussões, que era melhor que cada um ficasse em uma jaula, perto da outra, de forma que possamos nos ver, sem reação, e assim por uns dias.
Mesmo assim, parecia não existir diferenças e que o amor dava sentido ao inexplicável.
Enfim, não era para sentir tanta saudade.
E essa velha saudade piorou, quando tropeço nas perfeições e resmungos que você deixou.
Apesar que a saudade não se preocupa muito comigo.
Ela vem, se vai...
☐
Obrigado,