Bastidores de um teclado

Quase outono, a luz da lua entrando pela janela do quarto aberta, deitado sobre o joelho da Amanda, a conversa rolava solta... 

Na verdade, sou altamente idiossincrático quando quero escrever. 
Começo com silêncio absoluto e uma boa xícara de café com leite e termino deitado fazendo rabiscos. 
Amanda sempre soube disso . 

- Amanda, preciso de silêncio para me concentrar e escrever algo inédito para postar no blog. Só me ocorre fantasia acerca do sofrimento ou o eu- lírico está situado frente à uma perda ou saudade e percebi , pelos comentários, que alguns leitores estão começando a imaginar que tenho uma vivência ou essência muito triste e carente. Tem alguma ideia? 

- Fe, pior que é o contrário, né? Você não consegue escrever quando está triste . Aliás, uma vez que você está feliz da vida, rindo à toa, achando graça e fazendo piada em e de tudo, o ideal é você fazer uma crônica sobre..."hoje é o momento de viver a vida intensamente e feliz". Ahahaha!

- Puxa vida, grande ajuda, né? 

Não sei se foi a conjunção da lua com algum planeta ou outra coisa, mas Amanda quis continuar a conversa.

- Você já percebeu como vive o casal que mora aí em frente? Sabia que ele é blogueiro também?
Todos os dias, quando chega em casa , ele traz flores para ela, abraça-a e ficam se beijando apaixonadamente. 
Por que você não faz o mesmo?

- Mas Amanda, eu mal conheço a mulher!

(̾●̮̮̃ ̾•̃̾)

Obrigado,