Taça de vinho
Uma música, um cigarro e a mesma sensação de sempre.
A vida que não surpreende, o tempo que não passa, o silêncio que grita alto e sufocante.
Um torpor permanente que vai aos poucos transformando-se em tédio.
Tudo o que há agora é este barulho da chuva e os sentimentos pulsando.
Sem ninguém.
Talvez seja isto que falte.
De colo, de abraço e de beijo.
E uma taça de vinho, por favor!
Sim, por que não? Uma taça de vinho, um abraço, uma carícia, uma boca, uma língua, a saliva. Uma sensação diferente pede , grita e se apodera.
Um beijo cheio de desejo e cumplicidade!
Tão esperado, tão ansiado.
Tão real quanto fantasia! Tão seu quanto meu.
Não! Não digas nada!
Não há nada que irá explicar esse momento.
Nada quero ouvir.
Nada que me falte!
Beija-me outra vez!
Obrigado,
ℱelisberto N. Junior