A ilusão do amor

Abro a cortina de forma breve e  com o sol brilhante  que me aquece numa ardência leve, deixo os olhos vagamente sentir que se abrem.
Com o coração dormente, num torpor entre o sono e o despertar, num sonho que é uma sombra de sonhar, desconheço o conhecimento e uma grande dúvida  manuseia-me a alma por dentro, eu e a mulher que comigo dorme.

O dois soa estranho como um e  o  um  soa estranho como dois.
No entanto,  se existe mundo onde seríamos dois, estaria além da linha tênue , onde  confluem o sonho e a realidade.
E se além  não há nada, é apenas o meu querer ; a ilusão do amor.
[ Repaginada, qualquer semelhança com fatos ou pessoas é uma mera coincidência"...ou não!]

Obrigado,