No todo, o tudo do nada

Quando se faz o silêncio, que grita alto e sufocante, começo a ouvir a noite suspirando, a chuva gemendo com o vento. 
Há alturas até em que o desespero teima em mim,  se agarra ao sangue e corre por dentro das veias  e depois perco-o porque ele solta-se de mim,  deixa-me tão só com um torpor permanente que vai aos poucos transformando-se em tédio.

É a vida que não surpreende,   o tempo que não passa  ,  o sentimento pulsando. 
No todo, o tudo do nada.
 É a falta que tudo machuca.

Sabe moça...talvez seja isto que falte.
 De  colo, de abraço e de beijo.
E uma xícara de café quente , por favor...

...[e se não for pedir demais,  qualquer coisa que me fizesse morar em alguma parte tua...]

[ repaginada...qualquer semelhança com fatos ou pessoas é uma mera coincidência"...ou não!]
Obrigado,