Caminho diferente

Aproximadamente cinco e trinta da manhã. 
Fiquei deitado decidindo se deveria me levantar ou esperar até que pegasse no sono novamente. 
E fui surpreendido repentinamente pelo alerta estridente do celular. 
Dei um toque desligando-o sem ao menos olhá-lo direito. 
Olhei o relógio novamente. 
Seis horas. 

Dei um suspiro enquanto me levantava da cama e andava preguiçosamente até a porta do guarda roupa , vesti-me, peguei meu notebook e celular, desci as escadas e me arrastei até a cozinha.
Enchi uma xícara de café e sentei no balcão, bebendo vagarosamente.
Ajeitei o cabelo com a ponta dos dedos. 
Mordi os lábios e pensei na vida. 

Passaram-se algumas semanas de silêncio, e como ninguém me mostrou um botão para ligar e desligar pensamentos, as palavras dela continuavam a se repetir em minha cabeça, como um eco retumbante que se propagava no ar.

Contudo, quando alguém fala algo comigo sem que me faça entender bem, eu espero que venha novamente, não corro atrás, posso até ter vontade, mas não faço isso.
Busquei respostas e só mergulhei em mais perguntas ainda, sei que muitas delas não  serão respondidas, mas enxerguei um tempo que corria contra mim e contra o qual eu deveria me posicionar. 

Foram anos de relacionamento. Eu não poderia me esquecer dela, viu? 
Tentei duas, três ou quatro vezes, mas o número do celular já não era o mesmo. 
Desisti...

Entrei no carro e acelerei em direção à um caminho  ; é assim que tem que ser... 
flutuo em um caminho diferente e se não coincide com o meu não quer dizer que alguém se perdeu...
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[repaginada, é uma ficção, Qualquer semelhança com fatos ou pessoas é uma mera coincidência. Ou não!]

Obrigado,