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Caminho diferente

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Aproximadamente cinco e trinta da manhã.  Fiquei deitado decidindo se deveria me levantar ou esperar até que pegasse no sono novamente.  E fui surpreendido repentinamente pelo alerta estridente do celular.  Dei um toque desligando-o sem ao menos olhá-lo direito.  Olhei o relógio novamente.  Seis horas.  Dei um suspiro enquanto me levantava da cama e andava preguiçosamente até a porta do guarda roupa , vesti-me, peguei meu notebook e celular, desci as escadas e me arrastei até a cozinha. Enchi uma xícara de café e sentei no balcão, bebendo vagarosamente. Ajeitei o cabelo com a ponta dos dedos.  Mordi os lábios e pensei na vida.  Passaram-se algumas semanas de silêncio, e como ninguém me mostrou um botão para ligar e desligar pensamentos, as palavras dela continuavam a se repetir em minha cabeça, como um eco retumbante que se propagava no ar. Contudo, quando alguém fala algo comigo sem que me faça entender bem, eu espero que venha novamente, não corro atrás, po

Doce esperança

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Quantas vezes me afogo em lágrimas Esperando uma mão, esperando um abraço, Só um não chega , já me perdi do que nunca vem Respiro fundo e a calma retorna Do lado de dentro, do lado de fora, Levanto meu semblante descaído e retorno E até que me encham de cinza pintarei de cor Este mundo sombrio,  Onde é tão amarga a dor, mas é tão doce a esperança °

Tantos anos assim

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 Tinha  passado mal a noite toda e a manhã também, recostei-me na cadeira, deixei-me ficar assim por uns minutos, depois levantei-me.  Vesti-me em movimentos exaustos, enfadados, lentos. Quão irônico. Não havia tempo. A vida estava tão corrida para mim. Não havia tempo para nada. Algumas visitas, garrafas de vinho, muito descanso em casa. E muito trabalho na empresa.  Tantos anos assim... Saí então pensativo, caminhando apressado. Tinha recebido uma mensagem  para ir urgente à empresa. E o motivo, supunha,  teria que ser pertinente o suficiente para tirar meu tempo precioso de descanso. Assoviei para um táxi que passava e mandei tocar a toda pressa para o endereço. E o trânsito com todo aquele movimento irregular, caótico, frenético.  Os automóveis em correrias loucas, pessoas apressadas nos seus afazeres.  Quando lá cheguei, perguntei: - Já chegou alguém? - e ninguém respondeu. Passado um pouco, nada. Passou um tempo, nada. Inesperadamente, meu Chefe