Em algum lugar
(...) estava concluindo meu Ensino Médio. Lembro com saudades daquele período e também tenho saudades daquela turma de colegas e amigos. Mesmo sentando sempre na primeira fila, me entrosava bem com a turma do fundo. E nessa turma havia um que me impressionava, mesmo sem ter muito contato pessoal. Podia assegurar que ele tinha um dom ímpar e divino. Ele escrevia de tudo. Eu via aquela mão fazendo escritos que pareciam livros. Escrevia belas poesias nos intervalos das aulas, à pedidos, e em troca, sempre recebia algo para comprar seu lanche. Ele chegava sempre muito sujo, com fome e sem material, e por essa razão sofria muito com a arrogância preconceituosa de alguns outros colegas .Também, n ão era um aluno muito assíduo e assim, n unca sabíamos se iria voltar no dia seguinte. Por isso, dias se passaram sem que ninguém da escola soubessem de nada. Apenas acharam estranho o seu desaparecimento. À ser reprovado por faltas , a professora pediu - me para a